Em assembleia histórica unificada, reunindo um grande número de trabalhadores de OS pertencentes a diversas categorias profissionais da saúde do município do Rio, ficou decidida a paralisação total das clínicas da família e dos ambulatórios dos hospitais por 48 horas, terça e quarta-feira, dias 10 e 11 de dezembro. Setores de urgência e emergência contarão com um efetivo de apenas 30% do pessoal. A presidente do SindEnfRJ, Mônica Armada, e a diretora Líbia Bellusci representaram o sindicato na assembleia, que contou com a presença também do presidente da CUT-RJ, Sandro César, e do diretor da central, Jadir Batista.
Depois da assembleia, que aconteceu na sede da escola de samba Unidos da Tijuca, os trabalhadores ocuparam a Avenida Francisco Bicalho, chamando a atenção da população para a grave situação vivida pela categoria devido aos atrasos sistemáticos no pagamento dos salários. Muitos estão sem dinheiro para despesas básicas com alimentação e transporte. Tem gente que não tem sequer o que comer.
Desde 2017 se estabeleceu um quadro surreal no município, um círculo vicioso no qual os salários atrasam, os trabalhadores fazem greve, o Tribunal Regional do Trabalho instaura o dissídio, a prefeitura paga, em seguida volta a atrasar os salários e por aí vai.
Basta de tanto desrespeito ! Toda a responsabilidade pelo drama da saúde do município é do prefeito Crivellla. Agora é greve total em defesa de um direito básico de qualquer trabalhador, que é o o direito a receber pelo seu trabalho.