O enredo é tão absurdo e revoltante quanto a falta de sensibilidade social da prefeitura do Rio, na gestão daquele candidato que prometeu “cuidar das pessoas.” A prefeitura do Rio mantinha um contrato com o Iabas (Instituto de Atenção Básica e Avançada à Saúde) para a gestão dos serviços de saúde das chamadas Áreas Programáticas (APs) 5.1 e 5.2, que abrangem os bairros de Bangu, Realengo e Campo Grande. Os enfermeiros ganhavam salários de R$ 5.935,44, mais adicional de insalubridade e demais direitos trabalhistas.
Mas, no fim de junho passado, a prefeitura rescindiu os contratos de todos os enfermeiros dessas áreas e os readmitiu, através de uma nova OS, por um salário de R$ 4.263,00, ou seja, meteu a mão no salário do trabalhador em quase 30%, em clara violação do princípio da irredutibilidade salarial, previsto no artigo 466 da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT).
O SindEnfRJ denunciou a prefeitura do Rio ao procurador-geral do Tribunal Regional do Trabalho da 1ª Região, pedindo a instauração de inquérito para apurar essas ilegalidades e a responsabilização da prefeitura. O sindicato vai à luta e não vai se calar diante de tamanho desrespeito aos trabalhadores enfermeiros.