SindEnfRJ reforça luta dos enfermeiros no Dia Nacional de Mobilização

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Manifestação aconteceu na manhã desta sexta (30/8) no Hospital dos Servidores (HFSE). Sindicato também participou do ato unificado na Central do Brasil.

No Dia Nacional de Mobilização e Paralisação, convocado pelas centrais sindicais para esta sexta-feira (30/8), o Sindicato dos Enfermeiros (SindEnfRJ) promoveu uma manifestação em frente ao Hospital Federal dos Servidores do Estado (HFSE) para reforçar as reivindicações específicas da categoria.

Na ocasião, diretoras do Sindicato e enfermeiros do HFSE e de outros hospitais se reuniram para protestar pela jornada de 30 horas semanais, direito ao duplo vínculo no serviço público e contra a terceirização e a privatização dos serviços de saúde, entre outras reivindicações. A manifestação dos enfermeiros também contou com a participação dos presidentes da Central Única dos Trabalhadores (CUT-RJ), Darby Igayara, e do Sindicato dos Bancários do Rio de Janeiro, Almir Aguiar

 

NÃO À TERCEIRIZAÇÃO E À PRIVATIZAÇÃO

 

Com a eminência da votação do Projeto de Lei da Terceirização (PL 4330/04), cuja derrubada se tornou a principal reivindicação deste Dia Nacional de Mobilização e Paralisação, a presidenta do SindEnfRJ, Mônica Armada, iniciou a manifestação criticando o projeto. “O PL 4330/04 vai acabar com as formas legais de contratação, com o concurso público e com o serviço público. Todos os trabalhadores devem fazer coro contra esse projeto”. Mônica também criticou as atuais formas de terceirização e privatização dos serviços públicos de saúde, como as Organizações Sociais (“OSs”) e a Ebserh.

LUTAS DOS ENFERMEIROS

O HFSE não foi escolhido por acaso para receber o ato dos enfermeiros no Dia Nacional de Mobilização e Paralisação, pois neste hospital duas enfermeiras já foram demitidas por conta do duplo vínculo, e logo reintegradas por meio de ação do departamento jurídico do SindEnfRJ. Além disso, a carga horária de todos os profissionais de enfermagem dos hospitais federais, como o HFSE, ainda é de 40 horas. 

Para Mônica, “a luta pela jornada de 30 horas não é para trabalhar menos, mas porque essa é a carga horária que permite um trabalho de qualidade, o que já foi comprovado pela OIT (Organização Internacional do Trabalho)”. “Já temos um projeto de lei, o PL 2295, tramitando no Congresso. Agora, temos que pressionar os deputados a votar o projeto. Queremos 30 horas, já!”, completou a diretora do SindEnfRJ Cristina Venetilho.

 

“SEM A ENFERMAGEM O HOSPITAL NÃO FUNCIONA”

Para a Secretária Geral do SindEnfRJ, Líbia Dantas, há uma grande diferença entre a importância que os profissionais de enfermagem têm e as condições de trabalho que eles recebem. “Os enfermeiros estão adoecendo por conta do excesso de trabalho. Somos os únicos profissionais que nunca abandonamos os pacientes. Nós ficamos 24 horas por dia com os pacientes, além de ajudarmos na qualificação dos técnicos e auxiliares de Enfermagem e dos novos enfermeiros”. “Sem a enfermagem o hospital não funciona”, concluiu.

ATO UNIFICADO

Além de promover a manifestação dos enfermeiros no HFSE, o SindEnfRJ também participou do ato unificado realizado pelas centrais sindicais durante a tarde na Central do Brasil para marcar o Dia Nacional de Mobilização e Paralisação no Rio de Janeiro. Durante o ato (foto abaixo), a presidenta do SindEnfRJ, Mônica Armada, defendeu as reivindicações dos enfermeiros e reforçou a importância de lutar contra o Projeto de Lei da Terceirização (PL 4330/04).

Foto: Nando Neves