A intransigência do governo federal, que se recusa a negociar com os servidores, está criando um impasse inaceitável e prejudicando tanto os trabalhadores como a população. Somente no Rio de Janeiro, são cinco grandes hospitais com parte dos seus serviços paralisados:o Instituto de Traumatologia e Ortopedia (Into), o Hospital de Cardiologia de Laranjeiras, o Hospital de Ipanema, o Hospital da Lagoa e o Hospital Geral de Bonsucesso. O movimento, ao contrário do que a grande mídia tenta passar para a população, não é só por reajuste salarial (uma reivindicação legítima), mas principalmente por melhores condições de trabalho e de atendimento. Qualquer pessoa que conheça a realidade dos hospitais públicos brasileiros sabe que eles precisam de investimentos urgentes para poder oferecer aos brasileiros serviços com a qualidade que eles merecem.
Mas não é só na área de saúde que os trabalhadores cobram da presidenta Dilma Rousseff que cumpra os compromissos assumidos na campanha. Estão em greve professores e funcionários de universidades federais, os trabahadores do IBGE e do Incra e os servidores das agências reguladoras. Isso é resultado da intransigência de Dilma e de seus ministros da área econômica. Por isso, desde a segunda-feira, milhares de servidores estão acampados em Brasília, onde vão ficar até que sejam abertas negociações de verdade.
O Sindicato dos Enfermeiros do Rio de Janeiro (SindEnfRJ) está junto a todos servidores nessa luta por melhores condições de trabalho e de atendimento. Estamos certos de que é preciso, cada vez mais, juntar forças e mostrar à sociedade que chegamos a um ponto de saturação que não permite mais volta. Todos conhecem os problemas enfrentados, principalmente na área de saúde, e não há mais como aceitar protelações. O governo precisa abandonar a intransigência e cumprir sua obrigação: negociar com os trabalhadores.
