Rio diz não ao golpe e sim aos direitos

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Cerca de 20 mil trabalhadores e estudantes ocuparam o Centro do Rio nesta quinta (20) em defesa da democracia e por mais direitos

A palavra de ordem “Não vai ter golpe!” e as reivindicações das diversas categorias representadas deram o tom da manifestação que reuniu cerca de 20 mil pessoas no Centro do Rio de Janeiro na tarde e noite desta quinta-feira (20).

Trabalhadores, estudantes e militantes de inúmeras organizações, entre elas a CUT-RJ e diversos sindicatos, lotaram a Candelária na concentração, a Av. Rio Branco durante a caminhada de cerca de 1 km e a Cinelândia com uma ocupação cultural que encerrou o ato. Vários parlamentares de partidos de esquerda também marcaram presença. Os manifestantes repudiaram de forma veemente e exaustivamente a movimentação golpista de vários setores da sociedade, como organizações de direita e os grandes veículos de mídia, que insistem em não aceitar o resultado das últimas eleições, desrespeitando a democracia e a legislação vigente.

Responsável pelo avanço de uma agenda retrógrada no parlamento, o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha, também foi um dos mais lembrados e mereceu cartazes e palavras de ordem. O movimento negro e a juventude, com presença destacada no ato, denunciaram o avanço da criminalização dos jovens negros com a redução da maioridade penal para 16 anos, um dos projetos bancados por Cunha e aprovado pela segunda vez na Câmara nesta semana.

Os manifestantes também levaram suas reivindicações. Moradia popular, descriminalização das drogas, cidadania LGBT, garantia e ampliação dos empregos e dos direitos trabalhistas, não à privatização da Petrobrás e do petróleo brasileiro. O ajuste fiscal do governo e a Agenda Brasil do presidente do Senado, Renan Calheiros, também foram lembrados. Para os manifestantes, quem tem que pagar pela crise são os ricos, com a taxação das grandes fortunas, e não os trabalhadores.

Avançar na democracia e nas reformas

A manifestação desta quinta (20) no Centro do Rio foi um contraponto à realizada no domingo (16) na praia de Copacabana e não apenas pelo conteúdo (democracia x golpe), mas também pela forma (amor x ódio). Diante das críticas de um pequeno grupo, o dirigente da CUT-RJ e um dos organizadores do ato, Marcelo Rodrigues, defendeu a liberdade de expressão. “Nós lutamos pelo direito de protestar. Protestem a vontade pois nós queremos o debate de ideias. O amor vai vencer o ódio”.

Outra crítica, do porque das manifestações dos movimentos sociais acontecerem durante a semana, foi respondida pelo integrante do Armazém da Utopia, Luis Fernando Lobo, também um dos organizadores do ato. “Trabalhadores protestam durante a semana, isso é uma conquista da classe trabalhadora”.

Para o presidente do PT-RJ e prefeito de Maricá, Washington Quaquá, o dia 20 de agosto marca a retomada das ruas pela esquerda rumo às reformas. “A pauta agora não vai ser mais contra o golpe, o debate será em torno das grandes reformas que o Brasil precisa”.

Escrito por: Imprensa CUT-RJ