A Prefeitura do Rio não tem se mostrado interessada em negociar com as entidades sindicais representativas dos profissionais da Saúde na cidade. E isso tem ficado muito claro após as diversas tentativas do Sindicato dos Enfermeiros do Rio de Janeiro (SindenfRJ) e de outras instituições para marcar uma reunião com o secretário Municipal de Saúde, Daniel Soranz, para tratar da retomada da Mesa de Negociação do SUS e do Plano da Cargos e Salários (PCCS). Por conta disso, os sindicatos da Saúde resolveram recorrer ao Ministério Público para o agendamento deste encontro. Além disso, a administração do prefeito Eduardo Paes tem sido insensível quando o assunto é o reajuste do auxílio-alimentação, que, hoje, é de irrisórios R$ 12 por dia para os servidores municipais.
Em julho, o secretário de Saúde havia marcado uma reunião com as entidades sindicais, mas, em cima da hora, o encontro foi cancelado e uma nova data sequer foi cogitada. Vale ressaltar que, atualmente, a SMS tem atuado para enfraquecer o funcionalismo público, ampliando as terceirizações através das organizações sociais (OS). Além disso, Soranz também tem se recusado a conversar sobre os triênios judicializados. Quanto ao auxílio-alimentação, a Prefeitura tem feito vista-grossa, informando que o benefício é concedido como ajuda de custo para quem ganha até sete (7) salários-mínimos – na Educação e na Saúde, o pagamento é para todos os funcionários. Em outubro, a Câmara de Vereadores aprovou o reajuste desse auxílio, mas o prefeito disse que irá vetar a proposta.