A Subsecretaria de Vigilância em Saúde da Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro acaba de distribuir nesta quinta-feira (2) nova Nota Técnica às unidades de saúde, atualizando a lista de países que devem ter maior atenção a pacientes provenientes, sob risco de ebola. Atualmente, os casos de doença pelo vírus ebola foram identificados em Serra Leoa, Libéria, Guiné, Nigéria; tendo sido notificados, nestes países, 5.843 casos e 2.803 óbitos desde o início do ano de 2014. Este é o maior surto da doença no mundo, com letalidade de aproximadamente 68%.
A possibilidade de disseminação para outros continentes continua sendo considerada baixa.
O Rio de Janeiro está trabalhando de acordo com determinações do Ministério da Saúde para manter as unidades de saúde em alerta para a possível identificação de sintomas relacionados ao vírus ebola. Um plano de contingência já foi elaborado em parceria com as secretarias municipais de saúde, Corpo de Bombeiros e Fiocruz. É importante ressaltar, no entanto, que, pelas características da transmissão do vírus, assim como pelo seu comportamento clínico, a possibilidade de disseminação para outros continentes no momento atual é baixa.
SAIBA COMO FOI O SIMULADO PARA CASO DE EBOLA NO RIO DE JANEIRO
Protocolo – Em caso de suspeita de paciente com o vírus, ele será encaminhado pela unidade de emergência em que for atendido para o Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas (Fiocruz), que é a unidade de saúde de referência para isolamento e início dos cuidados médicos adequados. Trata-se de uma doença de notificação compulsória imediata e deve ser realizada pelo profissional de saúde ou pelo serviço que prestar o primeiro atendimento ao paciente, pelo meio mais rápido disponível, de acordo com a Portaria No 1.271, de 6 de junho de 2014. Todo caso suspeito deve ser notificado imediatamente às autoridades de saúde das Secretarias municipais, Estaduais e à Secretaria de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde.
A doença e sintomas – O Ebola é causado por um vírus e está relacionado à ocorrência de surtos de Febre hemorrágica no continente africano desde 1976. Atualmente, seus casos foram identificados em Serra Leoa, Libéria, Guiné e Nigéria.
O período de incubação da doença pode variar de 1 a 21 dias e sua transmissão ocorre somente após o início dos sintomas, por meio do contato direto com sangue e/ou secreções da pessoa infectada (incluindo cadáveres), assim como por contato com superfícies ou objetos contaminados.
São considerados suspeitos pessoas que estiveram em algum dos países citados acima nos últimos 21 dias e que apresente febre de início súbito, acompanhada de sinais de hemorragia.
Notificação – O Ministério da Saúde disponibilizou canais de contato para notificação imediata por parte dos profissionais de saúde de casos suspeitos: 0800.644.6645 / notifica@saude.gov.br
DEFINIÇÃO DE CASO
CASO SUSPEITO: Indivíduo procedente, nos últimos 21 dias, de país com transmissão disseminada ou intensa de Ebola (Serra Leoa, Libéria, Guiné e a cidade Port Harcourt, na Nigéria) que apresente febre de início súbito, podendo ser acompanhada de sinais de hemorragia, como: diarreia sanguinolenta, gengivorragia, enterorregia, hemorragias internas, sinais purpúricos e hematúria.
CASO CONFIRMADO: Caso suspeito com resultado laboratorial conclusivo para Ebola realizado em laboratório de referência.
CASO PROVÁVEL: caso suspeito de viajantes ou profissionais de saúde provenientes desses países e que apresentem histórico de contato com pessoa doente, participação em funerais ou rituais fúnebres de pessoas com suspeita da doença ou contato com animais doentes ou mortos.