Negligência e caos na saúde do Rio tiraram a vida da enfermeira Vilma Aparecida da Silva

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Depois de dedicar mais de 30 anos de sua vida a cuidar das pessoas, como funcionária do Hospital Albert Schweitzer, a enfermeira Vilma Aparecida Silva acabou sendo mais uma vítima da irresponsabilidade que marca a gestão da saúde no Rio. 

Vilma morreu no último sábado, 1 de junho, no Hospital Municipal Pedro II, em Santa Cruz, na fila de espera por uma cirurgia, depois de ter sofrido uma isquemia que gerou um aneurisma. Há 15 dias, ela passou mal e procurou atendimento no Alberto Schwitzer. Em seguida, foi transferida para o Pedro II, sob a justificativa de que esta unidade conta com neurologista. 

No Pedro II, o diagnóstico apontou a necessidade de uma cirurgia do aneurisma. Antes, porém, teria que passar por um exame de arteriografia, que jamais aconteceu. Ela ficou mais de duas semanas internada à espera desse exame e o quadro se agravou com o surgimento de problemas renais, seguido do falecimento.

O SindEnfRJ se solidariza neste momento de dor profunda com os familiares e amigos da enfermeira Vilma, mais uma vítima do descaso e do abandono de um serviço público essencial como a saúde. O sucateamento das unidades, que padecem de problemas graves e crônicos, tais como a falta de profissionais, remédios, insumos e equipamentos, lamentavelmente está por trás da morte da nossa colega e tantos outros cidadãos e cidadãs cariocas e fluminenses. 

Rio de Janeiro, 6 de junho de 2019

Direção do SindEnfRJ