Vitória: depois de realizar um ato contra a estadualização dos hospitais federais, em frente à sede do Ministério da Saúde, no Rio, representantes de sindicatos da saúde conseguiram ser recebidos pelo ministro Marcelo Queiroga, na tarde desta quinta-feira (25). E o ministro assegurou que a estadualização não faz parte dos planos do governo.
Durante a conversa, que contou com as presenças de Mônica Armada, presidente do Sindicato dos Enfermeiros, Alexandre Teles (Sindicato dos Médicos) e Tatiana (Sintsaúde), os sindicalistas falaram de sua apreensão diante dos rumores de que a estadualização seria formalizada já a partir desta sexta-feira(26), começando pelo Hospital da Lagoa.
Eles lembraram a Marcelo Queiroga que o estado do Rio de Janeiro não tem a menor condição econômico-financeira e estrutural de arcar com esta responsabilidade. O Rio está inclusive fechando um hospital, o Eduardo Rabelo, e tem as suas finanças garroteadas pelo Regime de Recuperação Fiscal ao qual está submetido.
O quadro atual da rede federal, com enorme déficit de pessoal e um grande número de leitos fechados, seria agravado com a transferência da gestão para o estado e a consequente entrega da administração para as OS. Em plena pandemia, a população seria ainda mais penalizada ante a séria ameaça aos tratamentos de média e alta complexidade oferecidos pelos hospitais federais.
Diante de todos esses argumentos, o ministro garantiu que não haverá a estadualização, que o Ministério da Saúde seguirá gerindo as unidades e que pretende criar 500 leitos. Cobrado também sobre o baixo índice de vacinação dos profissionais de saúde, Queiroga prometeu que todos os trabalhadores da saúde serão vacinados em breve, assim que uma nova leva de vacinas chegar.