Com o apoio do Sindicato dos Bancários de Petrópolis e a presença de enfermeiros do município, rodoviários e estudantes, o SindEnfRJ realizou neste dia 17 de outubro uma manifestação nas escadarias da Câmara dos Vereadores de Petrópolis. O vereador Leandro Azevedo, que compareceu ao ato, acatou proposta das lideranças sindicais para a realização de uma audiência pública sobre a saúde no município, que ficou marcada para 8 de novembro, às 19h.
A pauta do ato, quem em princípio era para protestar contra o sistema de “quarteirização” que a prefeitura tentar impor aos enfermeiros das UPAs Cascatinha e Centro, com a exigência de que aceitem a contratação na condição de cooperativados, se tornou bem mais ampla. O que se viu foi uma manifestação em defesa dos direitos dos servidores da saúde, educação e outras áreas. Os manifestantes cobraram também a prestação der serviços públicos de qualidade à população petropolitana.
O ex-presidente da CUT-RJ e dirigente do Sindicato dos Bancários do Rio, Darby Igayara, abriu o protesto lamentando a ausência dos vereadores, que para escapar das cobranças transferiram a sessão para o Quitandinha, e denunciando a situação de descalabro da saúde pública no município. Já a diretora do SindEnfRJ, Elizabeth Guastini, que também é dirigente da CUT no estado, disse que o quadro de desmonte de Petrópolis já é bem conhecido pelos servidores e pelo povo do estado do Rio de Janeiro, já que o governo Pezão não paga salários e oferece serviços cada vez piores.
Férias e outros direitos não pagos, assédio e todo tipo de pressão para que os servidores não participem de mobilizações como a de ontem foram denunciados pelos enfermeiros do município Ricardo e Mônica Maia. Para Ricardo, a contratação da cooperativa nada mais é do que “o pagamento de uma fatura eleitoral.” Iomar e Alvarenga, diretor e presidente do Sindicatos dos Bancários de Petrópolis, respectivamente, enfatizaram que todas as mazelas vividas pela população da cidade, do estado e do Brasil, com o desmonte das políticas sociais, são de responsabilidade dos golpistas do PMDB.
– Não é só Petrópolis que vive este drama, são todos que são penalizados pelos malditos governos do PMDB. No estado, Pezão não paga salários e dá incentivos fiscais bilionários a empresários. A verdade é que o PMDB massacra a gente. Sabemos que muitos servidores aqui não vierem por conta do assédio que sofrem. Mas temos que ter coragem para ir à luta. É nosso desafio lotar essa Câmara dos Vereadores na audiência pública. É lamentável que em Petrópolis o secretário de Saúde, que é enfermeiro, esteja atacando os trabalhadores. Com essas cooperativas, que atrasam salários e não pagem férias nem 13º, é impossível um atendimento de saúde decente – alertou Mônica Armada, presidente do SindEnfRJ.