Em reunião virtual realizada no dia 9 de maio, a Intersindical da Saúde, articulação que reúne os sindicatos de servidores da saúde do município do Rio, decidiu elaborar uma nota de repúdio contra o prefeito Eduardo Paes. A diretora do Sindicato dos Enfermeiros do Rio, Beth Guastini, representou a entidade.
O motivo foi a exclusão da saúde da retomada da contagem do tempo do triênio suspensa durante a pandemia, mas restabelecida pela Lei 191/22 para os servidores da saúde e segurança pública. Contudo, a prefeitura do Rio ignorou os termos da lei e só contemplou a Guarda Municipal.
Outra decisão da Intersindical (na foto durante sua última reunião presencial) foi encaminhar esta denúncia para a Câmara Municipal, bem como a reiterada negativa do Executivo Municipal de implantar o PCCS, que como todos sabem é um compromisso de campanha de Eduardo Paes.
A intersindical resolveu também fazer gestões junto aos vereadores para a criação de uma frente parlamentar em defesa do PCCS e abrir um processo administrativo na prefeitura para cobrar o cumprimento do pagamento do triênio e outros benefícios, além do reconhecimento do tempo de serviço no período da pandemia.
Trecho da nota de repúdio ao prefeito Eduardo Paes
“A Intersindical de Saúde vem por meio desta repudiar o Decreto nº 50749 de 6 de maio de 2022.
No referido Decreto apenas a Guarda Municipal é contemplada pela Lei 191/22 que retoma a contagem dos triênios suspensa durante a pandemia, com efeitos financeiros a partir de janeiro de 2022. Contudo, a saúde, que trabalhou incansavelmente com efetivo diminuído, falta de insumos e grande risco de contaminação em CTI de covid, foi negligenciada pelo prefeito. É um escárnio com os trabalhadores que se dedicaram exaustivamente durante toda a pandemia não ter esse reconhecimento por parte do chefe do Executivo (…)”