Mais uma vez, depois de terem entrado com uma liminar no Supremo Tribunal Federal (STF) em 2022, questionando o pagamento do Piso Nacional da Enfermagem, os donos de hospitais da rede privada mostraram que são os grandes inimigos da categoria. O Sindicato dos Hospitais, Clínicas e Casas de Saúde do Município do Rio de Janeiro entrou na Justiça para impedir a greve desta sexta-feira (10/03). A liminar dos patrões foi concedida parcialmente, nesta quinta-feira (09/03), pelo presidente do Tribunal Regional do Trabalho da 1a. Região, desembargador Cesar Marques Carvalho. Com isso, 80% dos trabalhadores da rede privada terão que permanecer em seus postos de trabalho.
Para o presidente do Sindicato dos Enfermeiros do Rio (SindEnfRJ), Marco Schiavo, a decisão do TRT-RJ não vai esvaziar a greve. De acordo com ele, são cerca de 300 mil trabalhadores do setor em todo o estado do Rio. Schiavo salientou que, mesmo que apenas 10% participem da paralisação, são 30 mil profissionais de Saúde das redes pública e privada com os braços cruzados em prol do reajuste salarial aprovado pelo Congresso Nacional, mas barrado pelo STF. O presidente do SindEnfRJ aproveita e conclama a categoria para participar de um grande ato público, às 10h desta sexta (10/03), em frente ao Hospital Municipal Souza Aguiar, no Centro do Rio.
Na rede pública, continua valendo a Lei de Greve, que determina que 30% dos trabalhadores estejam no serviço.