Greve arranca suspensão das demissões, mas enfermagem continua de braços cruzados

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 A greve da enfermagem da rede federal de saúde, que completa um mês neste domingo, já trouxe duas vitórias : a suspensão de todas os processo de demissão por duplo vínculo e o aumento significativo dos salários dos contratados por tempo determinado, os profissionais terceirizados do NERJ. Esses pontos constam de um acordo firmado entre a Subsecretaria de Assuntos Administrativos, orgão ligado à Coordenação Geral de Pessoas do Ministério da Saúde, e o SindEnfRJ.

Mas  a greve continua até a conquista da pauta de reivindicações do conjunto dos servidores que estão parados. No acordo específico com o MS, ficou decidido que assim que a Advocacia-Geral da União encerrar  sua greve, o ministério vai pautar a discussão de um novo parecer, que substitua o que está em vigor desde março  de 1998. Enquanto isso, todas as demissões estão suspensas.

Outro avanço foi a valorização salarial dos profissionais do NERJ. Embora o sindicato tenha uma posição clara contra a terceirização e pela realização de concursos públicos, sempre defendeu o respeito aos direitos dos terceirizados. E a pressão surtiu efeito : os profissionais com curso superior passam para R$ 5.087,40 e os de nível intermediário para R$ 2.662,04.

Nada disso, porém, vai esmorecer a luta da categoria. A greve, que já chegou às ruas com a adesão crescente  dos enfermeiros aos atos em frente às unidades e às passeatas que paralisaram vias importantes da cidade, seguirá em frente junto com diversas carreiras do serviço público até a conquista de reajuste digno e outros itens da pauta geral do funcionalismo.