Estudo divulgado na quinta-feira pelo Ministério da Saúde mostra que o impacto financeiro da aprovação do projeto de lei que estabelece a jornada de 30 horas semanais para profissionais de enfermagem é baixo e pode ser pago sem problemas tanto pelos governos como pelas empresas privadas. O levantamento revela que o custo total seria de R$ 331 milhões, sendo R$ 195 milhões para o setor privado e de R$ 136 milhões para o setor público.
Os dados foram apresentados em reunião do grupo de trabalho que estuda a adoção da jornada de 30 horas. Participam do grupo representantes do Ministério da Saúde, da Federação Nacional dos Enfermeiros (FNE), das empresas privadas, do Conselho Nacional dos Secretários de Saúde (Conass), do Conselho Nacional de Secretários Municipais de Saúde (Conassems), da Associação Brasileira de Enfermagem (Aben) e do Conselho Federal de Enfermagem (Cofen).
Os números do estudo são oficiais, calculados por técnicos qualificados do Ministério da Saúde e derrubam o argumento mentiroso de empresários da saúde de que não teriam como arcar com a adoção da nova jornada. Eles chegaram a dizer que as empresas teriam que gastar até R$ 5,7 bilhões a mais, o que o estudo do Ministério mostra que não é verdadeiro. Ficou claro que o impacto econômico, tanto no setor público quando no privado, é totalmente compatível com os gastos com Saúde.
O estudo deixa claro que não há mais nenhuma razão para adiar a votação e a aprovação do projeto de lei das 30 horas. A nova jornada garantirá melhores condições de trabalho e de vida para os profissionais de enfermagem e melhores condições de atendimento à população. Essa é uma questão de interesse de toda a sociedade e não pode ser protelada por causa da ganância de empresários que veem a saúde apenas com um negócio e uma forma de encher ainda mais seus bolsos