Desemprego bate recorde e atinge 13,1 milhões de pessoas no Brasil

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Por Luiza Fragão, na Revista Fórum

O desemprego registrou novo recorde no Brasil no trimestre encerrado em julho. A taxa subiu para 13,8%, a maior da série histórica da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua, iniciada em 2012. Com isso, segundo dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgados nesta quarta-feira (30), 13,1 milhões de pessoas estão sem emprego no país.

No trimestre anterior, terminado em abril, a taxa de desemprego no Brasil estava em 12,6%. Em janeiro, este número foi de 11,2%. O recorde registrado nesta última pesquisa do IBGE, portanto, evidencia os impactos da pandemia no mercado de trabalho brasileiro.

A analista da pesquisa do IBGE, Adriana Beringuy, afirma que os números são reflexo da crise gerada pela pandemia. “Os resultados das últimas cinco divulgações mostram uma retração muito grande na população ocupada. É um acúmulo de perdas que leva a esses patamares negativos”, disse a analista, em entrevista à Folha de S.Paulo.

 
A própria flexibilização do isolamento social pode ser um dos fatores para o aumento das taxas de desemprego, já que muitos trabalhadores voltaram a procurar uma ocupação e entraram para as estatísticas do IBGE. O instituto só considera desempregado quem está em busca de uma ocupação.

Ainda de acordo com a pesquisa, a população ocupada também bateu recorde negativo, com diminuição de 7,2 milhões de pessoas (8,1%) e chegando ao contingente de 82 milhões de brasileiros, o menor da série histórica do IBGE.