Em visita ao Hospital de Cardiologia do Humaitá nesta segunda-feira, 11 de maio, a presidente do SindEnfRJ, Mônica Armada, constatou uma série de problemas que afetam as condições de trabalho dos servidores e ameaçam o atendimento da população.
Da falta de comida para todas as refeições ao lixo acumulado, passando pela falta de vale-transporte que impede muitos trabalhadores da Fundação Estadual de Saúde de chegarem ao local de trabalho, o panorama é caótico.
Mônica Armada esteve reunida com o diretor do hospital, Rossi Murilo da Silva. Em princípio, a reunião tinha como pauta um Acordo Coletivo que o sindicato está fechando com a Fundação. Mas, diante do que foi visto, a presidente do sindicato cobrou uma solução para as mazelas da unidade. Ouviu como resposta que o governo do estado não tem verba para pagar fornecedores e está em débito com vários prestadores de serviço, que por isso suspenderam suas atividades.
O problema do lixo na unidade é tão grave que o prefeito Eduardo Paes cedeu o pessoal da Comlurb para recolher os detritos acumulados. Para piorar, só um dos elevadores está funcionando. E o pior é que o Hospital de Cardiologia do Humaitá é apenas um exemplo do abandono da saúde por parte do governo estadual. A mídia vem noticiando a ocorrência de graves problemas em várias outros hospitais da rede estadual, notadamente no Rocha Faria, em Campo Grande, que vive situação calamitosa. Não é possível que o governo do estado, alegando falta de dinheiro, entregue à própria sorte milhares de pessoas que todos os dias buscam atendimento de saúde. Vamos continuar pressionando. Vamos continuar cobrando.