O governador Cláudio Castro enviou para a Assembleia Legislativa (Alerj) uma proposta que prorroga a permanência das Organizações Sociais (OS) na área da Saúde no Estado do Rio de Janeiro e os deputados estaduais aprovaram o projeto. O Sindicato dos Enfermeiros do Rio de Janeiro (SindEnfRJ) tem sido enérgico em criticar esse tipo de administração e apontar as deficiências na gestão dos hospitais fluminenses. De acordo com a direção do SindEnfRJ, casos de desrespeito aos direitos dos trabalhadores, assédio e ineficiência no cuidado com a coisa pública proliferaram desde que as OS assumiram diversas unidades. O sindicato insiste na realização de concursos públicos e na luta pelo fim das terceirizações não apenas na rede estadual, mas também nas redes municipal e federal.
O Parlamento do Rio aprovou o projeto do Governo do Estado, alterando uma lei que determinava o fim das OS em julho de 2024. Com isso, as entidades privadas seguem à frente de oito unidades de Saúde até julho de 2026, movimentando cerca de R$ 84 milhões de gastos mensais. Instituições como o Instituto do Cérebro Paulo Niemeyer e os hospitais Alberto Torres, Zilda Arns e Estadual da Criança continuam sendo geridas por essas organizações. Nos últimos anos, escândalos de corrupção fizeram com que fossem devolvidos à Fundação Saúde 55 hospitais e UPAs que estavam sendo administrados pelas OS.