O Sindicato dos Enfermeiros do Rio de Janeiro (SindEnfRJ) repudia a farsa montada pelo presidente da Câmara dos Deputados, Marco Maia (PT-RS), com a ajuda dos líderes do PT e do Governo, os deputados paulistas Jilmar tattto e Arlindo Chinaglia, para impedir a votação, no dia 27 de junho, do Projeto de Lei 2295/2000, que regulamenta a jornada de 30 horas semanais para enfermeiros, auxiliares e técnicos de enfermagem. Maia e seus aliados usaram de todos os artifícios para evitar a votação do projeto, cumprindo as ordens que vieram do governo.
A postura de Marco Maia mostrou total desrespeito pelos trabalhadores da enfermagem, pela sociedade e pela democracia, que deveria ser a preocupação maior do presidente de uma casa legislativa. O presidente da Câmara derespeitou também seus colegas deputados, já que a inclusão no Projeto de Lei na pauta de votações do dia 27 fora decidida pelo Colégio de Líderes partidários.
Por causa de Maia, Tatto e Chinaglia, o dia 27 de junho de 2012 vai ficar marcado como um dos mais lamentáveis da história recente do Legislativo brasileiro. Eles fizeram de tudo para impedir a votação, de mudar ordem de votação a pedir verifiação de quórum em sessão sem discussão polêmica, passando por encerrar a sessão apesar dos protestos dos parlamentares que queriam votar.
Foi também uma demonstração de covardia diante dos sinais claros de que a maioria dos deputados votaria a favor da aprovação das 30 horas. Em vez de, como deve ser feito numa democracia de verdade, resolver a questão no voto, Marco Maia recorreu a filigranas regimentais para dar um golpe nos trabalhadores da enfermagem. Para isso, contou com a cumplicidade de Jilmar Tatto, que, tanto na sessão da manhã como na da tarde, pediu verificação de quórum para derrubar a sessão.
Diante disso, é preciso que todos os profissionais de enfermagem do Brasil repudiem esse políticos que não sabem o que é democracia ou interesse publico. E que estão na política para atender aos interesses apenas de grupos políticos e de grandes empresários, como os que fazem da saúde da população um negócio.