“A nossa luta é todo dia porque Saúde não é mercadoria”. Com essas palavras de ordem, representantes do Sindicato dos Enfermeiros do Rio de Janeiro (SindEnfRJ) se manifestaram, na última quarta-feira (24/05), no plenário da Câmara de Vereadores da capital fluminense, no Centro do Rio. Depois de um protesto organizado nas escadarias do Palácio Pedro Ernesto, na Cinelândia, os profissionais da Saúde se dirigiram para o interior do prédio para participar de uma audiência pública. Mas, de forma inesperada, o presidente da sessão, vereador Professor Célio Lupparelli (PSD), decidiu encerrar o encontro sem dar qualquer satisfação para os trabalhadores que se acomodavam nas galerias.
Revoltados, o presidente do SindEnfRJ, Marco Schiavo, e a diretora Líbia Bellusci questionaram a decisão que qualificaram como anti-democrática. Os profissionais da Saúde foram à Câmara protestar em favor do Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) da categoria prometido pelo prefeito Eduardo Paes e por seu novamente secretário Municipal de Saúde (agora ex-deputado federal) Daniel Soranz durante a campanha eleitoral. Soranz, inclusive, estava na audiência interrompida bruscamente. Ele foi vaiado pela classe trabalhadora presente quando disse que os funcionários do RioSaúde passaram cinco anos sem reclamar dos salários. Schiavo classificou a fala como absurda.