O pioneirismo no Clube de Regatas Vasco da Gama ganhou um novo capítulo este mês. A equipe carioca, que já foi a primeira a ter um jogador negro e a ostentar uma bandeira LGBTQIA+, passou a inovar no país mais uma vez ao contar com o trabalho de um Enfermeiro do Esporte. O primeiro profissional da área a assumir este cargo foi Diego Tuber, de 40 anos, formado em Enfermagem desde 2007, quando terminou o bacharelado na Universidade Celso Lisboa. Depois, Diego concluiu quatro cursos de pós-graduação nas seguintes áreas: Enfermagem Dermatológica, Enfermagem do Trabalho, Alta Complexidade e Medicina do Esporte e Atividades Físicas. Foi graças a ele que a categoria ganhou mais uma atividade. A função do Enfermeiro do Esporte foi regulamentada em 2019 a partir da publicação da Resolução 610 do Cofen.
O enfermeiro explica que tudo começou em 2016, quando trabalhou como voluntário nas Olimpíadas do Rio de Janeiro. Ele conta que muitos profissionais da área atuaram no megaevento, mas, em geral, fora das funções relacionadas à Saúde. A partir daí, Diego conseguiu autorização para cursar a pós de Medicina do Esporte e, com os conhecimentos adquiridos, iniciou uma campanha para o reconhecimento da Enfermagem do Esporte. Para isso, fez valer a experiência adquirida em outros empregos, como o Hospital Federal da Lagoa, a Seleção Brasileira de Futebol de Cadeira de Rodas, a Confederação Brasileira de Jiu-Jitsu Desportivo, a Academia de Lutas Black House (jiu-jitsu, MMA e muay thay) e o Clube de Regatas Flamengo Imperadores de Futebol Americano.
Diego comenta que, em um momento em que a Enfermagem começa a colher os frutos de todas as lutas por valorização profissional, ter mais postos de trabalho em novas funções é algo que precisa ser comemorado. E muito!