De forma arbitrária, a prefeitura do Rio cortou o adicional de insalubridade dos servidores que estão em home office, atingindo especialmente o pessoal do grupo de risco para o contagio do coronavírus. Isso impacta também na redução do triênio, o adicional por tempo de serviço, cujo cálculo tem como base a insalubridade. O cortes prejudicariam quase mil servidores.
A redução está prevista para constar já nos contracheques de junho. Mas o SindEnfRJ e outros sindicatos de trabalhadores da saúde entraram em campo para evitar este verdadeiro confisco salarial. Com esse objetivo, se reuniram nesta sexta-feira (3) com Alexandre Romano, representante da secretária Bia Bush, e Érika Braga, coordenadora de RH da saúde da prefeitura. A diretora do Sindicato dos Enfermeiros do Rio, Beth Guastini, marcou presença na reunião.
A Secretaria de Saúde e o prefeito do Rio dizem que não são responsáveis pelos cortes, mas sim a subsecretaria de serviços compartilhados. O representante de Bia Bush afirmou que a secretaria está tentando reverter a situação. Mas, como o pagamento ainda não saiu, o sindicato pede que os servidores fiquem atentos e mobilizados, pois essa redução de salários é, sob todos os aspectos, absurda e inaceitável.
Outro assunto discutido na reunião foi o PCCS da saúde do município. A informação da secretaria é que o processo está parado para análise de seu impacto financeiro. Está claro, porém, que o plano está longe de ser prioridade para a secretaria. Só com mobilização e luta será possível fazer valer esse direito dos servidores eternamente postergado.