O SindEnfRJ tem percorrido as unidades de saúde do Rio para averiguar as denúncias de carência de Equipamento de Proteção Individual (EPI) e verificar de uma forma geral as condições de trabalho dos enfermeiros, em plena crise causada pela pandemia do coronavírus.
Nesta segunda-feira (23), a presidente do sindicato, Mônica Armada, e a diretora Líbia Bellusci estiveram no Hospital Salgado Filho, no Méier, onde o principal problema segue sendo a falta de profissionais de enfermagem.
– Não adianta a prefeitura achar que chamando 216 enfermeiros vai resolver o problema, pois só no Souza Aguiar são necessários mais de 170 enfermeiros. Aqui no Salgado Filho, precisamos de 91 enfermeiros, sem falar no déficit de técnicos, que chega a 200 profissionais. Um número bem maior de concursados, portanto, precisa ser chamado. Existe banco de concursados suficiente, basta boa vontade do prefeito para convocá-lo – critica Líbia.
Antes do Salgado Filho, as dirigentes sindicais foram ao Hospital Badim, na Tijuca, checar as diversas denúncias que chegam através de áudios e mensagens escritas sobre falta de EPI. Segundo profissionais de enfermagem da unidade, eles estão sendo aconselhados a guardar para usar no plantão seguinte as máscaras descartáveis e as máscaras N95, o que é absolutamente inadequado, já que expõe os trabalhadores ao risco de contaminação.
Mônica e Líbia não tiveram o acesso ao hospital permitido. Mas se engana a direção do Badim se pensar que escapará da fiscalização do sindicato.