Brasília : sindicato cobra em reunião no Ministério da Saúde solução para os problemas da rede federal

Share on facebook
Share on twitter
Share on linkedin
Share on whatsapp
Share on email
O diretor do SindEnfRJ, Marco Schiavo, participou de importante reunião em Brasília, nesta terça-feira (18), com o coordenador geral de Gestão de Pessoas do Ministério da Saúde, Ademir Lapa. A reunião foi agendada pela Fenasps e pela CNTSS. Schiavo cobrou soluções e apresentou sugestões para resolver os problemas das unidades federais do Rio de Janeiro. 
 
A precarização da mão de obra nas unidades foi o primeiro assunto abordado. Desde 2005 não são realizados concursos públicos. De lá para cá tem se intensificado as contratações pelo modelo do Contrato Temporário da União (CTU), que era para ser adotado como uma solução provisória e emergencial. Nessa modalidade, os salários são inferiores ao piso da categoria, os trabalhadores não têm carteira assinada e o único direito trabalhista que usufruem são as férias. Submetidos a tais condições, é grande a evasão de profissionais, que não hesitam em mudar de emprego sempre que aparece uma proposta melhor. 
 
Enquanto isso, a emergência e a oncologia do hospital de Bonsucesso estão praticamente fechadas. Em outras unidades, ocorrem coisas semelhantes. Schiavo alertou, portanto, que sem concurso público o caos se aproxima. Ademir Lapa acenou vagamente com a previsão de realização de um certame para a realização de um concurso público em novembro. Mas avisou que quem bate o martelo é o planejamento. Como o presidente Bolsonaro disse recentemente que concursos só ocorrerão em áreas estratégicas, cabe, então, tanto a Lapa como ao ministro Mandetta mostrarem ao presidente o quanto a saúde é essencial. 
 
Voltando aos contratos temporários, eles terminam em maio, a seis meses de novembro, mês que pode ser que aconteça o concurso. Como ficará a rede federal neste intervalo é uma incógnita. O coordenador de Gestão de Pessoas garante que o número de contratados permanecerá o mesmo. Isso jogará lenha na fogueira da crise atual, cujo enfrentamento precisa de mais contratações e melhores salários.
 
O pagamento de duas APHs, uma conquista dos servidores e do sindicato, segue sendo postergado em várias unidades, que alegam problemas relacionados aos sistemas para não cumprir a determinação do Ministério da Saúde. Segundo o dirigente sindical, a saída é simples : basta o MS enviar um documento às unidades determinado o pagamento das duas APhs. Em caso de dúvida, basta consultar o RH de Bonsucesso.
 
Os casos de assédio moral na rede também são uma preocupação crescente. Nesta terça-feira, a diretora do sindicato, Beth Guastini, esteve no hospital da Lagoa para conversar com os profissionais de enfermagem sobre as denúncias de assédio moral por parte da chefia. De forma ilegal e arbitrária, os seguranças tentaram impedir o acesso da sindicalista, mas ela acabou se reunindo com a enfermagem. 
 
Antes do encerramento da reunião, Schiavo pediu a reabertura da mesa nacional de negociação, que há muito tempo não é instalada