Servidores de várias categorias da saúde do Rio protestaram na manhã desta quinta-feira, 19 de setembro, contra os atrasos salariais, as más condições de trabalho, a falta de pessoal e as mais de mil demissões ocorridas na gestão do prefeito Crivella. Os manifestantes se concentraram na Praça Antero de Quental, no Leblon, e saíram em passeata até o Hospital Miguel Couto, na Gávea, onde realizaram o ato.Representaram os enfermeiros do Rio, a presidente do sindicato, Mônica Armada, e as diretoras Beth Guastini, Denise Sanches e Selma Rodrigues.
Só para e ter uma ideia da gravidade do quadro de falta de enfermeiros na rede municipal do Rio, visita feita recentemente pelo sindicato ao Miguel Couto constatou que na enfermaria da cardiologia não há enfermeiro durante as 24 horas, mas apenas na parte da manhã. Na UTI neonatal, a situação é ainda mais alarmante : não havia nenhum enfermeiro, apenas técnicos. Também na maternidade da unidade o déficit de enfermeiros é preocupante, pois, em vez do recomendável número de seis profissionais, só um tem que se desdobrar para atender a demanda.
Durante a passeata, Mônica Armada, conclamou a população a defender o SUS.”É dever da sociedade e da população defender o Sistema Único de Saúde, que está sob ataques dos governos. É importante que saibamos que todos precisam do SUS, mesmo os que têm planos de saúde privados. A Vigilância Sanitária e as vacinas são dois exemplos de que como o SUS é fundamental para a saúde de todas as pessoas”, alertou.
A manifestação contou com forte presença dos servidores das Clínicas da Família, bem como de jovens de comunidades próximas, que chegaram a ocupar parte da Estrada Lagoa-Barra, entoando o seguinte cântico : “A nossa luta é todo dia, nossa saúde não é mercadoria.” O vereador Paulo Pinheiro também esteve presente no protesto.