Aconteceu nesta terça-feira, 11 de setembro, na Alerj, uma audiência pública convocada pelo deputado Paulo Ramos e pela deputada Enfermeira Rejane, para debater os inúmeros problemas e inconsistências verificados no sistema de ponto eletrônico implantado na rede federal de saúde do Rio. Mais de 200 pessoas compareceram, em sua grande maioria servidores. Pelo SindEnfRJ compareceram a presidente Mônica Armada e os diretores Marco Schiavo, Líbia Bellusci e Denise Sanches.
Para início de conversa, a máquina que vem sendo usada não é a que foi licitada, o que levanta suspeitas quanto à lisura do processo. Na realidade, o sistema de ponto tem apresentado todo tipo de problema e virou um pesadelo para os servidores. Como o sistema não faz a leitura correta, nem emite comprovantes, existe o risco de perdas salariais, com os servidores e as chefias sendo submetidos a um estresse crescente.
Em geral, os chefes de setor perdem um tempo precioso, em prejuízo dos pacientes, tentando homologar a marcação do ponto num site que não dispõe nem de um espaço destinado a isso. O SindEnfRJ esclarece que não é contra o controle de ponto, mas defende seu aperfeiçoamento, para evitar o que já se configura como um caso de assédio aos servidores. Por isso, a entidade ingressou com ação na justiça em 2013 cobrando uma solução para essa espiral de falhas.
Os deputados Paulo Ramos e Enfermeira Rejane decidiram recolher assinaturas para a instalação de uma CPI sobre o assunto na Alerj. Paulo Ramos ficou ainda de marcar uma audiência no Ministério Público Federal, enquanto o representante do Ministério do Trabalho presente à audiência se comprometeu em buscar a interferência da Superintendência Regional do Trabalho.