Depois de receberem o salário de julho com atraso, os servidores das clínicas da família administradas pela OS Iabas, e localizadas na área AP-4 (Jacarepaguá, Rio das Pedras e Recreio dos Bandeirantes), estão até hoje sem o pagamento relativo a agosto. A falta do salário é ainda mais grave para esses trabalhadores pelo fato deles cumprirem a carga horária padrão para os serviços de atenção básica, que é de 40 horas. Ou seja, não há como ter outro emprego.
Para cobrar uma solução para o problema, primeiro a direção do sindicato se reuniu com representantes da Iabas, no último dia 19. Eles alegaram que o motivo do atraso é o repasse da prefeitura do Rio, que não vem sendo feito dentro dos prazos anteriores e que a OS não tem reserva de recursos para honrar o pagamento dos salários. A presidente do SindEnfRJ, Mônica Armada, e a diretora Líbia Bellusci também cobraram da OS o cumprimento do reajuste previsto na última convenção coletiva da categoria. A Iabas ficou de responder o mais rápido possível, mas já foi alertada que caso sigam descumprindo a convenção o sindicato recorrerá à justiça.
No dia 20/9, o sindicato se reuniu com o secretário de saúde do município do Rio, Marco Antonio de Matos, questionando-lhe sobre versão da Iabas para o atraso de pagamento, ou seja a falta do repasse. O secretário confirmou o atraso, alegando sérias dificuldades de caixa enfrentadas pela prefeitura. Segundo Matos, as finanças da cidade foram fortemente impactadas do ano passado para cá.
Em 2016, ano da realização das Olimpíadas, o Rio arrecadou um grande volume de recursos, enquanto neste ano houve uma queda significativa. Além disso, permanecem as limitações impostas pelo Lei de Responsabilidade Fiscal. Por isso, as datas dos repasses para as OS mudaram. Contudo, ele garantiu que, na próxima segunda-feira, 25, a prefeitura repassará mais de R$ 11 milhões para a Iabas, que assim poderá pagar os atrasados. Mas o sindicato seguirá acompanhando e cobrando a regularização da situação.
Sobre a questão do exclusivo noturno, ainda não há resposta para o processo administrativo impetrado pelo sindicato na prefeitura com o objetivo de tornar sem efeito o decreto do prefeito Crivella que modificou radicalmente as regras do adicional noturno, vedando seu pagamento para os servidores durante o gozo de férias, licença-maternidade, etc.