Por Rede Brasil Atual
Com o orçamento confiscado pelo governo Luiz Fernando Pezão (PMDB), a Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj) passa pela sua pior crise, e sequer o primeiro semestre letivo teve início – e nem sequer tem data para começar –, por causa dos atrasos no pagamento de professores e funcionários, além dos cerca de 7.500 estudantes que estão sem receber bolsa-auxílio. O restaurante universitário também está fechado por falta pagamento. Para tentar superar a crise que afeta a universidade, parlamentares de oito partidos e a comunidade acadêmica se uniram no movimento Supera Rio Uerj.
Durante o lançamento do movimento, nesta terça-feira (15), em Nova Friburgo, região serrana do Rio, o reitor, Rui Garcia Marques, afirma que professores e estudantes nem mesmo têm dinheiro para custear passagem ou combustível para se dirigirem aos campi da instituição.
“Nós precisamos de R$ 7,5 milhões mensais para pagar a manutenção da universidade. Para se ter uma ideia, no ano passado, deveriam vir R$ 90 milhões, vieram R$ 15 milhões”, afirmou à repórter Jaqueline Deister, em entrevista para o Seu Jornal, da TVT.
O senador Lindbergh Farias (PT), também presente ao lançamento do movimento, disse que os parlamentares do Rio devem propor uma emenda impositiva ao governo federal, solicitando a transferência de até R$ 100 milhões para o combate emergencial à crise financeira na Uerj.
Já na esfera estadual, os deputados da Assembleia Legislativa sugerem uma proposta de emenda à Constituição (PEC) que garanta o pagamento, a cada mês, da duodécima parte do orçamento anual, aos moldes do que ocorre em outras instituições estaduais, como o Tribunal de Justiça, o Ministério Público e a própria Alerj.
A presidenta da Associação dos Docentes da Uerj, professora Lia Rocha, saudou a iniciativa suprapartidária, e disse que “a sociedade fluminense está reconhecendo a crise que estamos passando e a importância da Uerj”.