Na manhã desta segunda-feira, 11 de janeiro, o SindEnfRJ participou de reunião do novo secretário de saúde do estado, Luiz Antônio de Souza Teixeira, com servidores de diversas categorias profissionais. O encontro aconteceu no auditório do Hospital Rocha Faria, em Campo Grande. Em pauta, a municipalização dos hospitais estaduais Rocha Faria e Alberto Schweitzer.
No Rocha Faria, a gestão ficará a cargo da Organização Social SPDM. Na verdade, a municipalização é uma mal disfarçada privatização, uma vez que as gestões das OS precarizam o serviço público, desvalorizam os servidores e impedem a realização de concursos públicos.
Em relação à enfermagem, o quadro do hospital conta com 123 enfermeiros estatutários, 49 cooperativados (que serão absorvidos pela SPDM) e 96 vinculados à Fundação Saúde, cujo destino será a remoção para áreas onde a FS atua. Em relação aos estatutários, a situação é preocupante, uma vez que na outra unidade estadual de Campo Grande, o hospital Eduardo Rabelo, não há vagas. Assim, esses profissionais correm o risco de ficarem em disponibilidade.
Outra alternativa apresentada pelo secretário para os estatutários é a transferência para o município, o que soa estranho do ponto de vista jurídico-funcional. Como pode um servidor do estado se submeter à gestão de uma OS ? Na quinta ou sexta-feira, o secretário se comprometeu em realizar outra reunião com os servidores.
O sindicato continuará cumprindo seu papel de pressionar o governo em defesa dos direitos da enfermagem. Até agora, muitas perguntas estão sem resposta e sobram incertezas sobre o destino dos servidores.