Na manhã desta sexta-feira (7 de agosto), dezenas de enfermeiros do Hospital dos Servidores, de Bonsucesso e de outras unidades da rede federal de saúde saíram em passeata pela Avenida Venezuela, na Praça Mauá. A mobilização, que contou também com auxiliares e técnicos de enfermagem, paralisou completamente o trânsito na região e mostrou para as autoridades do Ministério da Saúde que a enfermagem só encerrará a greve, que já dura 22 dias, se suas reivindicações forem atendidas. O momento marcante da passeata se deu quando os profissionais de enfermagem deram-se à mãos e rezaram o Pai Nosso, mesmo com toda a pressão de policiais militares e guardas municipais. Antes da ocupação do entorno do Hospital dos Servidores, aconteceu um ato na entrada da unidade, na Rua Sacadura Cabral. A manifestação teve a adesão de profissionais do Centro Cirúrgico Geral, Otorrino, Urologia, Cirurgia Vascular, Cardiologia, Nefrologia, Cirurgia Toráxica, Cirurgia Vascular, Cirurgia Plástica e Laboratório de Ortopedia, entre outros setores do HSE. – A nossa greve está uma belezura. Todo dia aumenta a mobilização da categoria. É isso. Uma greve só é vitoriosa quando os trabalhadores estão envolvidos e determinados a vencer. Não adianta ficar no setor com preguiça de sair. Tem que vir para a rua. Existe uma crise econômica no país, mas os trabalhadores não pagarão esta conta. Nós queremos o fim da terceirização, através da qual profissionais são contratados com salários bem inferiores ao piso. Mas lutamos para que os terceirizados sejam valorizados, pois são profissionais como todos que estão aqui – defendeu Mônica Armada, presidente do SindEnfRJ. Como sempre, Líbia Bellusci, deu um show como apresentadora da manifestação. Também estiveram presentes as diretoras do SindEnfRJ, Cristina Venetilho, Elizabeth Guastini e Denise Sanches e Selma Fernandes. – A CUT continua fazendo forte pressão sobre o Ministério da Saúde aqui e em Brasília. Queremos que a resolução da questão do duplo vínculo seja posta no papel, por que senão acontece como a outra portaria que não foi cumprida. Outra coisa : os usuários dos hospitais e a população têm que vir para a rua reforçar a nossa luta, pois ela interessa a todo mundo – disse o presidente da CUT-RJ, Darby Igayara.