O ano de 2024 está chegando ao fim e o Sindicato dos Enfermeiros do Rio de Janeiro (SindEnfRJ) aproveita para informar aos trabalhadores da rede privada de Saúde que, apesar de todos os esforços feitos em prol de acordos, o Sindhrio, entidade patronal, resolveu conduzir as negociações da Convenção Coletiva de maneira confusa e errática. Durante esse processo, os representantes dos hospitais chegaram a exigir como condição para o avanço das discussões que o SindEnfRJ desistisse das ações civis públicas(ACPs) já protocoladas.
A proposta causou estranheza até mesmo no Tribunal Regional do Trabalho (TRT-RJ), que esclareceu que as ACPs não podem ser usadas como moeda de barganha. A presidente do SindEnfRJ, Elizabeth Guastini, explicou que as iniciativas de seu sindicato são adotadas a partir de decisões tomadas em assembleias e por diretoria.
No caso da última proposta feita aos patrões este ano contemplando o que ficou acordado nas negociações, o Sindhrio manteve a recusa em cumprir alguns pontos, como os pagamentos do Piso Salarial definido por lei e do abono de R$ 1.500 fechado anteriormente com os profissionais. Elizabeth Guastini ratificou que os diálogos de 2024 com os representantes patronais foram encerrados sem acordo algum, mas as negociações retornarão em 2025.
A presidente do SindEnfRJ lembrou que o Sindhrio está pretendendo não pagar reajuste algum aos enfermeiros este ano, acarretando grandes perdas salariais e prejuízos aos funcionários.